As lágrimas falam por mim
Por que sinto falta de você? Por que está saudade?
Eu não te vejo mas imagino suas expressões, sua voz teu cheiro.
Sua amizade me faz sonhar com um carinho,
Um caminhar, a luz da lua, a beira mar.
Saudade este sentimento de vazio que me tira o sono
me fazendo sentir num triste abandono, é amizade eu sei, será amor talvez...
Só não quero perder sua amizade, esta amizade...
Que me fortalece me enobrece por ter você.
Sou uma mistura do certo e errado, de sonho e realidade... "Meus pensamentos me levam a lugares, que só eu consigo chegar, em meu coração há sentimentos que só eu consigo sentir. Coisas puras, que não ligo se alguém duvidar. Meu verdadeiro eu, só eu conheço, o resto é apenas um ponto de vista. (angelbasico@terra.com.br)
sábado, 21 de julho de 2012
COMO UM RIO
Como um rio quero ser,
Sem amarras a me segurar,
Apenas deixar correr,
Até desaguar no mar!
Como um rio em liberdade,
Caudaloso, ritmado,
Rio que canta a felicidade
De um dia consagrado!
Como um rio em utilidade,
Tendo pedras a apoiar,
Peixes com graciosidade,
Água para a sede saciar!
Como um rio em sabedoria,
Que tem um começo e um fim!
Mas segue com alegria,
Para a vida só diz sim!
Como um rio quero ser
E não importa mais nada!
Apenas me oferecer
Prá essa gente tão amada!
( Anne Lieri)
BÊNÇÃOS
Abençoadas sejam as surpresas risonhas do caminho.
As belezas que se mostram sem fazer suspense.
As afeições compartilhadas sem esforço.
As vezes em que a vida nos tira pra dançar sem nos dar tempo de recusar o convite.
As maravilhas todas da natureza, sempre surpreendentes, à espera da nossa entrega apreciativa.
A compreensão que floresce, clara e mansa, quando os olhos que vêem são da bondade.
Abençoados sejam os presentes fáceis de serem abertos.
Os encantos que desnudam o erotismo da alma.
Os momentos felizes que passam longe das catracas da expectativa.
Os improvisos bons que desmancham o penteado arrumadinho dos roteiros da gente.
Os diálogos que acontecem no idioma pátrio do coração.
Abençoada seja a leveza!
(Ana Jácomo)
Eu vou morar em você
e arreganhar todas as frestas
pra que o tamanho do seu abraço
seja também o da sua entrega.
E a gente vai viver de arredondar palavras,
de deixar traumas pra trás, sobre as calçadas,
de escrever poemas sobre flor
e acordar dizendo:
Bom dia, Marlarida
Bom dia, Girassol
Boa noite, meu amor!
(Marla de Queiroz)
É você que eu amo!
Quantas vezes,terei que repetir,
que é você que eu amo?
Transbordo desse amor/sentir,
quando por você eu chamo.
De outros gostei, achei beleza...
Mas é você que eu amo!
E disso tenho absoluta certeza.
Tenho tantos defeitos e erros.
E você os conhece tão bem...
Mas é você que eu amo
e mais ninguém.
E você ainda cheio de marra,
finge não saber desse amor,
me ignora e faz farra,
deixando de lado a minha dor.
Mas é você que eu amo!
E isso, não sei mudar...
É você que eu espero,
Admirando o luar.
(Valquíria Cordeiro)
"Quero deixar bem claro que a única coisa que existe para mim é a juventude, tudo o mais é besteira, lantejoulhas, vidrilho. Posso fazer duas mil plásticas e não resolve, no fundo é a mesma bosta, só existe a juventude. Ele era a minha juventude, só que naquele tempo eu não sabia, na hora a gente nunca sabe nem mesmo pode saber, fica tudo natural como o dia que sucede à noite, como o sol, a lua, eu era jovem e não pensava nisso como não pensava em respirar. Alguém por acaso fica atento ao ato de respirar? Fica, sim, mas quando a respiração se esculhamba. Então dá aquela tristeza, puxa, eu respirava tão bem..."
(Lygia F. Telles (Trecho do livro ‘Os melhores contos’)
Solução melhor é não enlouquecer mais do que já enlouquecemos, não tanto por virtude, mas por cálculo. Controlar essa loucura razoável: se formos razoavelmente loucos não precisaremos desses sanatórios porque é sabido que os saudáveis não entendem muito de loucura. O jeito é se virar em casa mesmo, sem testemunhas estranhas. Sem despesas.
(Lygia F. Telles)
Na fé, eu sou capaz de me dizer, com amorosa humildade, que grande parte das vezes eu não sei o que é melhor para mim.
Eu não sei, mas Deus sabe.
Eu não sei, mas minha alma sabe.
Então, faço o que me cabe e entrego, mesmo quando, por força do hábito, eu ainda dê uma piscadinha pra Deus e lhe diga:
“Tomara que as nossas vontades coincidam“.
Faço o que me cabe e confio que aquilo que acontecer, seja lá o que for, com certeza será o melhor, mesmo que algumas vezes, de cara, eu não consiga entender.
Eu não sei, mas Deus sabe.
Eu não sei, mas minha alma sabe.
Então, faço o que me cabe e entrego, mesmo quando, por força do hábito, eu ainda dê uma piscadinha pra Deus e lhe diga:
“Tomara que as nossas vontades coincidam“.
Faço o que me cabe e confio que aquilo que acontecer, seja lá o que for, com certeza será o melhor, mesmo que algumas vezes, de cara, eu não consiga entender.
[Ana Jácomo]
É difícil me iludir. Porque não costumo esperar muito de ninguém. Odeio dois beijinhos, aperto de mão, tumulto, calor, gente burra e quem não sabe mentir direito. Não puxo saco de ninguém, detesto que puxem meu saco também. Não faço amizades por conveniência, não sei rir se não estou achando graça, não atendo o telefone se não estou com vontade de conversar.
(Caio Fernando Abreu)
Não sei se será possível a gente escolher as próprias verdades, elas mudam tanto. Não só por isso, nossas verdades quase nunca são iguais às dos outros, e é isso que gera o que chamamos de solidão, desencontro, incomunicabilidade. Talvez a maneira como me debato seja natural, e até positiva. É possível que eu parta daí para um conhecimento maior de mim mesmo. Então estarei livre. Acho que meu mal sou eu mesmo, esses círculos concêntricos envolvendo o centro do que devo ser. Mas só poderei me aproximar dos outros depois que começar a desvendar a mim mesmo. Antes de estender os braços, preciso saber o que há dentro desses braços, porque não quero dar somente o vazio. Também não quero me buscar nos outros, me amoldar ao que eles pensam, e no fim não saber distinguir o pensar deles do meu.
(Caio Fernando Abreu)
Quer saber? Até pratico (ou tento praticar) o desapego (tentativa de encaixar nesse mundo), mas não me sinto bem com isso; nao consigo servir sem apego, ou viver sem apego. Acho mais humano o ato de apegar, de ser mais afetivo, de dar mais atenção, e penso que o mundo seria melhor se praticassemos mais o "apego" sincero (lato senso), sem condições, sem limitações, sem cobranças, sem medos, sem defesas, sem ciúmes ou feridas intencionais...
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