Se os poemas saltassem
do fundo dos olhos
dos panos das folhas
dos ossos e das cercas
do fundo dos olhos
dos panos das folhas
dos ossos e das cercas
E se cruzassem
oceanos em garrafas
escorregassem
na parede do horizonte...
oceanos em garrafas
escorregassem
na parede do horizonte...
E se nas luzes do acaso
fechassem-se
as janelas nas horas
mais tímidas
na dos beijos ao sol
fechassem-se
as janelas nas horas
mais tímidas
na dos beijos ao sol
Talvez não fosse preciso
fugir nem fingir
que o ar no corpo dos poemas
tem algo dos peixes
fugir nem fingir
que o ar no corpo dos poemas
tem algo dos peixes
Sem que eles soubessem
sem que eles soubessem
sem que eles soubessem
(Rosangela Aliberti)
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