De gigantes pilares, nobres, dominadores,
Que a luz, vinda do mar, esmaltava de cores,
Tornando-o semelhante às grutas de basalto.
Chegavam até mim os ecos da harmonia
Do orfeão colossal das ondas chamejantes,
Ligando a sua voz às tintas deslumbrantes
Da luz crepuscular que em meus olhos fugia.
Em meio do esplendor do céu, do mar, dos lumes,
Foi-me dado gozar, voluptuosas calmas!
Escravos seminus, rescendendo perfumes,
Minha fronte febril refrescavam com palmas,
E tinham por missão apenas descobrir
A misteriosa dor que eu andava a carpir
(Charles Baudelaire, in "As Flores do Mal" )
(Tradução de Delfim Guimarães )
(Obtido em Wikisource )
Ligando a sua voz às tintas deslumbrantes
Da luz crepuscular que em meus olhos fugia.
Em meio do esplendor do céu, do mar, dos lumes,
Foi-me dado gozar, voluptuosas calmas!
Escravos seminus, rescendendo perfumes,
Minha fronte febril refrescavam com palmas,
E tinham por missão apenas descobrir
A misteriosa dor que eu andava a carpir
(Charles Baudelaire, in "As Flores do Mal" )
(Tradução de Delfim Guimarães )
(Obtido em Wikisource )
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