Diga, moça, o que você está sentindo?
- Pés inquietos, coração palpitante, sorriso bobo no rosto, olhar perdido.
- Hm. Olha, querida, já tenho o meu diagnóstico. Está preparada?
- Não sei, mas... Diga.
- É paixão. É das fortes.
- Oh, doutor, isso tem cura?
- Cura, não. Mas tem prognóstico.
- E qual é o prognóstico?
- Sinto dizer, querida, mas... É Ruim. Péssimo.
- Meu Deus. E agora, há algo a ser feito?
- Se entregue de vez à doença e tenha a mais feliz das mortes, querida. É o jeito.
( Fernanda Roldi)
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