segunda-feira, 30 de julho de 2012

CHUVAS DE VERÃO

O dia está quente,
o céu escurecendo,
trovões a ecoar,
relâmpagos iluminando o horizonte,
devagar a chuva começa a cair...
Olho pela janela, bendigo as gotas que caem,
o cheiro de terra molhada impregna o olfato,
uma sensação de alívio paira pelo ar...
A terra seca se rompe em fendas,
para absorver o liquido por ela esperado...
As plantas desanimadas e murchas,
se sacodem e se banham a vontade...
Os animais não procuram abrigo ,
fazem questão de andar pelo barro...
Eu, que também tanto a esperei,
que muitas vezes olhei para o firmamento
em busca de um sinal seu,
não resisto a tentação, abro a porta,
saio pela rua , me deixando molhar ...
Ah! que bom andar livre e solta,
sem lenço , sem documento,
sem destino de chegada,
apenas sentindo o corpo gelar
com a água da chuva...

Chuva , quanto te esperamos!
Não se faça de rogada !
Não demore para acontecer!
Na sua ausência,
tudo é triste,
tudo fica feio!
Venha com freqüência,
o sertão inteiro vai agradecer!



Marilena Ferioli Basso

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