segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Atirem-me ao mar! 
Ando tão cansada dessa segurança do convés, 
ela não me convém nenhum pouco. 
Quero agora experimentar as ondas, a temperatura da água, 
quero encarar o desconhecido. 
Atirem-me ao mar de possibilidades! 
Só não me deixem aqui,
presa a esta tábua de salvação que nada oferece de arriscado.
Atirem-me sem dó nem piedade
que eu reúno forças e me viro,
eu nado e nada poderá me deter,
porque é no perigo e na aflição que a gente descobre
a força e a vontade que tem de sobreviver.

(Sabrina Davanzo )

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