sexta-feira, 15 de março de 2013


E quando ela o abraçou e sentiu o calor que vinha do seu corpo teve certeza que ainda o amava além de seus limites. Aquele abraço, o último abraço, foi o mais amável, o mais sincero. Foi um abraço sem palavras, apenas as lágrimas se permitiram rolar.
Eles se olharam fundo nos olhos e nada disseram. Novamente um abraço os envolveu. Os corações batendo forte sabiam o quão era doída essa despedida, sabiam o quão esse amor, ainda vivo, foi profundo e intenso em suas vidas.
Finalmente o longo abraço se desfez, os lábios tocaram-se carinhosamente em um breve, mas infinito, espaço de tempo. Da boca, ainda com o gosto das lágrimas, palavras tentaram sair, mas novamente as cordas vocais falharam.
Do portão ela viu ir embora o homem que mais amou, aquele a quem entregou sua vida e seus sonhos, aquele que a fez feliz por muito tempo. Com o coração em pedaços, respirou fundo e disse:
Fomos felizes!


Que o tempo que traz os desencantos seja o mesmo tempo que cura as feridas!

(Simone Emanuelle Oliveira)

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