quinta-feira, 11 de abril de 2013


Atirem-me ao mar!
Ando tão cansada dessa segurança do convés,
ela não me convém nenhum pouco.
Quero agora experimentar as ondas, a temperatura da água,
quero encarar o desconhecido.
Atirem-me ao mar de possibilidades!
Só não me deixem aqui,
presa a esta tábua de salvação que nada oferece de arriscado.
Atirem-me sem dó nem piedade
que eu reúno forças e me viro,
eu nado e nada poderá me deter,
porque é no perigo e na aflição que a gente descobre
a força e a vontade que tem de sobreviver.

(Sabrina Davanzo )

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