quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Não era preciso esperar tanto tempo. Tanto barulho. Estava cego, porém não surdo.
Apontavam o caminho a dizer: - É por aqui!

Insegurança enraizava em Terras secas e áridas e não conseguia sair do lugar. Preso na escruzilhada.



E outros diziam: - Não, é por ali! - Não, é por aqui! - É por ali!

Paralisado, só e desesperado por qualquer sinal. Disse: - Pra onde ir?

A confusão se mantinha. Ninguém o escutava, somente ele ouvia.

Encolheu-se falando baixinho como quem reza por algo. Houve silêncio. Finalmente os outros tentavam entender o que ele murmurava. Quietude absoluta. 

Trêmulo por medo das reações, dizia baixinho: - Arranquem de mim os ouvidos! 
E nada! Inseguro.

Continuava na encruzilhada.

Aperto terrível no coração pensava se havia outra saída. 

De repente sentiu algo que o impulsionava de dentro para fora e gritou o máximo que pode: - ARRANQUEM DE MIM OS OUVIDOS!!!


E ensurdecido fez suas próprias escolhas. Decidiu seus caminhos, enfim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário